25/04/2010

Psicologia de Botequim: Reflexões a partir da observação do comportamento felino



Basta chegar na cozinha, para em poucos segundos ter a companhia da Jean. E é uma presença ativa.
Fica se esfregando nas minhas pernas, mia baixinho, não um miado normal de pedido ou de comando mas de sedução.Os olhos quase fechados, miado que parece gemido, como o arrulhar da pomba ou mais ou menos assim.
Ela nem sabe se vou preparar o almoço, se pretendo lavar a louça, fazer café, o importante é marcar presença e isso ela sabe fazer como ninguém.
O ingrediente preferido é o frango mas pode ser carne, peixe e todas as provinhas são muito bem-vindas pra essa gata esfomeada.
Sei que ela age assim comigo e imagino que com as outras pessoas da casa também e não só as vezes mas sempre.
E foi a partir dessa atitude obsessiva que cheguei a conclusão que nós humanos agimos tal qual os felinos, uns mais, outros menos; e é por causa dessa atitude - que parece mais emocional do que racional - que muitos avanços aconteceram nas nossas vidas.
É também conhecido como teimosia e de uma forma mais delicada chamamos de determinação.
Não importa o nome, verdade é que se não fossem os obsessivos, todos os setores das nossas vidas estariam como na época das cavernas ou quem sabe na idade média.
Se não fosse pelos que acreditaram numa ideia e a perseguiram até chegar ao resultado esperado e algumas vezes além do imaginado, nós ainda estaríamos sofrendo com vários males, comendo sem tantas variações e novidades, admirando os feitos antigos e nenhuma criação e milhões de outros exemplos que poderia colocar aqui.
Apesar de não ser uma grande reflexão, sugiro a quem ainda não tem um felino ou um canino em casa que essa é uma ótima oportunidade pra  tomar uma atitude agora e adotar o seu.
Além de todos os benefícios que já sabemos por compartilhar nossas vidas com um focinho amigo, quem sabe você não vira um grande filósofo assim como eu?


E por falar em amizade...

Ontem assisti  Mary e Max - Uma amizade diferente, filme de animação escrito e dirigido por Adam Elliot.
O filme conta a história de uma amizade, baseado em fatos reias, entre uma menina de oito anos que vive na Austrália e um homem de quarenta e quatro morador de Nova York.
As vozes dos personagens são da atriz Toni Collette (admiro muito o trabalho dela) que faz a da Mary e  Philip Seymour Hoffman, do Max.
Sem ser piegas ou nos deixar de baixo astral, o filme mostra o que é possível para cada um de nós, que vivemos da melhor maneira que conhecemos e o que uma amizade pode fazer em nossas vidas.
O filme é muito interessante, não só do ponto de vista de como a história é contada mas também das cores quase sempre em tons de preto e cinza, exceção somente para alguns detalhes em vermelho.
Dei uma olhada na internet e descobri que ele está passando em São Paulo, Rj, Salvador e Porto Alegre.
Fiquei impressionada que para um sábado a noite, a sala em que assisti o filme estava cheia e no final houve um tímido bater de palmas.
Vale a pena conferir.

7 comentários:

Anônimo disse...

Adoro meu gato teco. Como a Jean ele sempr está ao redor. Bjos na alma!

Unknown disse...

Obrigada Meri.
É mutio bom saber que eles estão bem pertinho da gente, né?
bjs

Andrea Sassaki disse...

Claudinha....meus filhos ficam ao meu redor quando estou na cozinha. Sempre sabem que alguma coisinha vai parar na barriga.
E eu adoror! Companhia melhor, não há!
Uma ótima semana pra vc, amore!
E essa Jean tá cada dia mais bonita!!!
Beijocas!

Gisa disse...

Oi Claudia! Tens toda a razão, gatos nos transformam em filósofos, poetas, escritores... Eles são uma fonte de inspiração constante; quem nunca se deu a chance de partilhar sua existencia com um gato (ou, melhor ainda, vários gatos) não sabe o que está perdendo. Gostei da dica do filme, vou procurar baixar pela Internet, porque aqui ainda vai demorar a chegar ao cinema... Beijos mil para ti e tua turminha linda!

Unknown disse...

Andrea,
Como mãe coruja adorei o mimo pra minha caçula. Tá linda mesmo ...rs!
bjs e tenha uma boa semana

Gisa,
Agora que já sou filósofa, vou direcionar minha inspiração para as letras, uma boa ideia essa de ser escritora.

O filme é uma graça, baixa sim.
bjs

Nice disse...

Claudia,

minha querída amiga...seu carinho sempre me surpreende. Dei um tempo no blog...porque as pessoas - talvez até por não compreenderem - estavam me magoando com os comentários...eu sei que todo mundo só quer ler coisas alegres...mas o blog é parte de mim...e como essa parte tá machucada demais, resolvi parar...Vou sentir uma falta tremenda...mas vou tentar reagir e voltar um dia.
Vou sempre visitar você aqui no seu blog, querida.
Gosto muito de ti.

Unknown disse...

Nice,
Eu que agradeço o seu carinho.
E espero que tudo fique mais tranquilo na sua vida. Você sabe que podemos conversar sempre que vc quiser.
Não deixe de me avisar sobre a sua volta.
bjs