02/11/2009


Estávamos conversando, minha filha e eu, de repente ela me diz:
"- Mãe fico muito feliz de te ver sem levar as coisas tão à sério.
Isso é bom, né? Rir das coisas, fazer palhaçadas, brincar com a vida e com os problemas!"
Diante de tamanha sabedoria (a gente imagina que eles não estão prestando a atenção nisso e preocupados com outras coisas), respondi que sim.
Há uns cinco, seis anos atrás, por causa das minhas inúmeras responsabilidades, vivia estressada, cansada, envolvida pelos acontecimentos e pouco olhava pra dentro de mim, pra saber o que era importante de verdade na minha vida.
Viver não é fácil.
E acredito que a melhor maneira de lidar com a nossa vida é sendo o mais verdadeiro possível.
Só que falar é muito fácil!
Sabemos de toda a teoria, o difícil é conseguir na prática.
Fazer e agir de acordo com os seus princípios, com suas crenças e rejeitar gentilmente, todas as coisas que não te interessam, que não te fazem bem, que não acrescentam a sua jornada, requer disposição e a certeza que logo adiante tudo estará mais calmo.
Na maioria das vezes estamos envolvidos pelos afazeres, pelas responsabilidades e pelas regras que a sociedade nos impõe e pouco refletimos o que realmente vale a pena realizar.
Cai nessa armadilha, sofri as consequências de caminhar sem escolher o melhor para mim e cheguei a um bifurcação.
Continuar ou buscar novo caminho?
Confesso que busquei outra direção porque era a única maneira que encontrei de permanecer saudável.
Mas como é difícil e trabalhoso recomeçar...
Você precisa encontrar força aonde não tem, descobrir que pode mais do que acreditava e seguir.

Ainda falta pra chegar aonde sonhei, nem sei se é possível. O que importa é que caminho agora sabendo pra onde vou, consciente do que quero fazer.
Acredito que o pior já passou!


4 comentários:

Andrea Sassaki disse...

Olha Claudinha....eu também passei por uma fase que quase acabou com minha saúde. O melhor de viver, é viver feliz, você não acha???
Um beijo e ótima semana pra vcs!

Gisa disse...

Eu agradeço todo dia por tudo de bom que tenho na minha vida e me sinto feliz. O meu maior problema é ser uma "esponja" e absorver as coisas tristes à minha volta. Ontem mesmo fui levar algumas colaborações para um brechó que está sendo organizado pelo Grupo Amigo Viralata aqui de Rio Grande. Descobri que o grupo está praticamente reduzido a uma só pessoa, uma moça que abriga 60 animais em sua casa, que cuida deles sozinha, cujos filhos não aceitam a situação, que não tem emprego fixo, que está deprimida e fisicamente exausta. Saí dali muito triste e sentindo que preciso ajudá-la, não posso simplesmente virar as costas e esquecer o que vi e ouvi; gostaria de ter mais tempo disponível... Acho que isto foi mais um desabafo que um comentário, né? Gosto de ler o que escreves e de conversar contigo. Beijos para ti e tua linda familia

Gisa disse...

Oi Claudia: Tem uma brincadeirinha para ti lá no blog. Beijos

Gata Lili disse...

Nossa Claudia, hoje quem comenta é Renata. Você um aplauso de pé pelas suas palavras, sua resenha sobre o que é viver a vida. Sabe que me identifiquei muito com seu relato. Viver não é fácil mesmo, lutar pelo que desejamos também não. Hoje estou tentando recomeçar uma vida profissional com quase 30 anos. As vezes me desespero porque não fiz isso antes, mas só Deus sabe as respostas. Admiro pessoas que não levam a vida tão a sério, se estressando com tudo, mas não perdendo na sua essência a responsabilidade de ser humano, de ser mãe, filha, o que for, sabe. Desejo que nós, desta vez, estejamos trilhando caminhos brilhantes e que sejamos mulheres mais realizadas. Um grande abraço. Renata. Lili está mandando um cheiro. Ando muito preocupada com Lili, não sei se vc viu, fiz um post ontem sobre este problema dela. Tadinha nem dorme mais se mutilando.